Cestos de Gonçalo,artesanato,moveis em vime e verga,

Vila de Gonçalo

24-05-2010 13:42

 

 

 

 

 

 

 A história  o património.

 

Na estrada que liga a Guarda à Covilhã, um pouco antes de Belmonte, encontra-se o pequeno desvio que dá acesso a Gonçalo, sede de uma freguesia situada no limite Sul do município da Guarda, no qual se integra. Aí, a pouco mais de seiscentos metros de altitude, Gonçalo domina a planície onde, sinuosa, a Ribeira da Gaia corre num leito cascalhento e remexido pela intensa actividade mineira que, até há pouco, ali se desenvolveu. O rio Zêzere encontra-se a pouco mais de cinco quilómetros para Sul e é lá que a Ribeira deságua, definindo um vale, amplo e fértil, que anuncia já a Cova da Beira. Acima de Gonçalo a Es- trela cobre-se de pinhais que substituíram os pastos que outrora ocupavam os baldios.

 

Mas, em Gonçalo, não é a agricultura, a pastorícia ou a silvicultura que melhor definem a economia do lugar, ou se encontram no centro da memória afectiva com que se constrói o sentido de pertença e se partilham identidades. Gonçalo, que é como quem diz, terra de cesteiros.

 

É que, em Gonçalo, todos sabem fazer cestos. Em Gonçalo, mesmo quem não é cesteiro sabe fazer cestos. Em Gonçalo, mesmo quem tira um curso superior sabe ain- da tudo do mester da cestaria. Em Gonçalo, os poucos que não sabem fazer cestos, pertencem a famílias de cesteiros. Em Gonçalo, mesmo os que emigraram, os que "andaram no minério" ou foram para as "confecções", de Belmonte ou Covilhã, continuam a ser cesteiros, senão no ofício, no afecto e orgulho com que continuam cesteiros.

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